Tcharan! Olha mais um post de Sampa no ar! Quem me segue no twitter (@guide_beaute) sabe que no primeiro sábado que estive lá, fiz um curso de Coolhunting na Escola São Paulo. Isso gerou muita curiosidade e pedidos para que eu falasse sobre a experiência aqui no blog. Então, vamos lá!
A aula foi dada pela Sabina Deweik, sócia do Future Concept Lab - instituto de pesquisas de tendências de consumo, com sede em Milão. Primeiramente, ela nos explicou como é feito o trabalho da empresa: observação global, interpretação sociológica, definição de conceito sócio-cultural e consultoria estratégica. Depois falou sobre a metodologia de pesquisa e a realização dos livros Consumo Autoral e DNA Brasil, ambos do Future Concept Lab. Por sinal, super indico a leitura. Os dois são muito bons!
Daí ela partiu para explicação do trabalho do coolhunter, propriamente dito. Ela mostrou algumas "regrinhas" básicas que todos devem ter em mente:
- ouvir as mensagens espontâneas das pessoas é o melhor jeito de explorar o mundo do consumidor
- ser despreendido de preconceitos, pois algo que é cool para uma cultura, para outra pode passar despercebido
- olhar para expressões do cotidiano das pessoas, lendo de modo real e direto os street signs
- analisar as novidades inseridas em um contexto sócio-econômico e cultural
- saber que nem tudo que é novidade é tendência
- observar novos parâmetros e não "caçar" moda passageira
Ao longo da aula, ela foi apresentando o passo-a-passo para um bom trabalho de coolhunting, como o mapeamento da cidade - lugares que expressam o "espírito" do cidade e do País - e a anáise dos 4p's - people, plans, places, projects. Falou das diferentes formas de difusão de tendências - sistema elevador, sistema arquipélago e sistema mêtro. E da diferença de metodologias usadas pelos coolhunters e coolsearchers. Explicou a diferença entre valores de uma sociedade - demoram, em geral, 15 anos para mudar -, macro tendências - duram mais ou menos 5 anos - e micro tendências - são efêmeras.
Em seguida, ela partiu para explicar as 6 tendências de consumos emergentes: o consumo compartilhado, o consumo arquitípico, o consumo transitivo, o consumo da memória vital, o consumo de ocasião e o consumo decontrActive.
Por último, ela nos liberou para andarmos pelo Jardins e colhermos imagens que nos chamassem atenção, dando a última orientação: "A regra deve ser fotografar de modo espontâneo, que preserve o real. O relatório final deve retratar a vida na cidade." As minhas imagens são as que vocês estão vendo nesse post.
O único ponto negativo do curso foi o tempo. Acabou sendo muito curto para a quantidade de informação e não conseguimos fazer a análise das imagens, mas claro que valeu super a pena ter feito. A gente sempre acaba tendo essa impressão quando o curso é muito bom, né? É tão bom que queremos mais.
Detalhe: enquanto eu estava fazendo o post, entrei no site da Escola São Paulo e vi que eles vão repetir o curso no dia 14 de março. Quem se interessar, acessa lá. Então taí, o tão prometido post!!! Dispertei a curiosidade de vocês? O que acharam?
Nossa... super legal o post, Joana.
ResponderExcluirSuper trabalharia com isso aí... Interpretação sociológica, definição de conceito sócio-cultural e consultoria estratégica. Tudo a ver com a minha área. bjosss
É o que eu quero trabalhar. E a gente ainda pensa que moda só trata de bolsas, sapatos e bolsas... conceito bem ultrapassado, né??
ResponderExcluirBjs
é verdade!!
ResponderExcluirModa trata de muuuuuuuuuuuuuitas coisas, né?
Sem contar a diversidade de áreas do conhecimento que podem contribuir para o campo da moda. Sensacional! E viva a multidisciplinaridade! Adoro! bjos
Ai, amo essa palavra: multidisciplinaridade! A cara do nosso tempo! hehehe... Bjs
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